O País – A verdade como notícia

Quase dois meses depois da primeira prova do Super Picanto e Blutech Grupo M, que decorreu a 22 de Junho passado, o Automovel Touring Clube de Moçambique volta a acolher mais uma prova, este sábado.

Trata-se do segundo Super Picanto e Blutech Grupo M, uma competição que tem sido a marca do ATCM nos últimos anos, que começou como Grande Prémio Picanto Cup, uma prova que envolve pilotos moçambicanos e internacionais e que buscam somar pontos suficientes para a conquista no final da temporada.

As provas deste sábado iniciam-se quando forem 10h00 da manhã, com as qualificações das duas competições, com destaque para o Picanto, que terá duas qualificações e o Grupo M, que terá apenas uma.

A partir das 12h00, entram em cena as provas, com a disputa da primeira manga do Picanto, que terá 10 voltas. Aliás, nas provas de Picanto, teremos quatro mangas, sendo duas do grupo A e outras duas do grupo B, todas com 10 voltas cada.

Por seu turno, a prova de Blutech Grupo M terá três mangas de oito voltas cada uma delas, de onde sairão os vencedores.

Recorde-se que a equipa da KIA Racing Power By Shell, formada pelos Pilotos Pedro Garcia e Cristian Bouché, foi a grande vencedora da 1ª Corrida do Super Picanto disputada em Junho último no Autódromo Internacional de Maputo no ATCM.

Na classificação geral das quatro (4) Mangas, a equipa da KIA Racing Power By Shell conquistou a 1ª Corrida do Super Picanto com 95 pontos. A Fivestar Óptica Visual dos Pilotos Douglas Klint e Jefferson Novela terminou a competição em 2º lugar com 69 pontos. E a Prodata que também esteve em destaque ao longo da disputa da 1ª Corrida do Super Picanto terminou a competição em 3º Lugar com 58 pontos.

No duelo entre Moçambique e África do Sul referente ao Campeonato de Velocidade Blutech Grupo M, que teve uma grelha de 35 carros em pista, o destaque na primeira edição, em Junho, foi para o piloto moçambicano Faudo Sidique, que foi o grande vencedor da Classe C.

O capitão da Black Bulls, Kadre Gueye, foi premiado como o melhor jogador da primeira volta do Moçambola 2024, numa gala promovida pela Liga Moçambicana de Futebol e patrocinada pela HCB, empresa que também patrocina o Campeonato Nacional de Futebol, na sua edição deste ano.
O médio da Black Bulls é um dos esteio da sua formação e o “touro-mor”, por onde passam jogadas ofensivas da equipa de Tchumene. É dos jogadores completos do Moçambola, já que defende muito, ataca bem, e marca muitos golos.
Não é por acaso que Kadre Gueye foi eleito cinco vezes o melhor em campo, nomeadamente nos embates diante do Baía de Pemba (2ª jornada), Associação Desportiva de Vilankulo (5ª jornada), Ferroviário de Maputo (7ª jornada) e Textáfrica do Chimoio (10ª jornada), para além de ter sido segundo melhor marcador do Moçambola com seis golos apontados a Baía de Pemba (dois golos), Ferroviário de Nampula, Associação Desportiva de Vilankulo, Ferroviário de Maputo, Textáfrica do Chimoio (um golo para cada).
O recém-nacionalizado a moçambicano, Kadre Gueye, superou a concorrência de internacional e capitão dos Mambas Dominguês, da UD de Songo, que ficou em segundo lugar, e de Chester, do Costa do Sol, terceiro colocado, no âmbito dos critérios de elegibilidade definidos pela Liga Moçambicana de Futebol.
Kadre Gueye recebeu, das mãos do Secretário de Estado do Desporto, carlos Gilberto Mendes, o respectivo prémio, para além dos 125 mil meticais oferecidos pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), a empresa patrocinadora da premiação dos melhores do Moçambola-2024.
Outros jogadores que foram premiados e que se destacaram na primeira volta são Elias Macamo, jogador do Desportivo de Nacala, ao se posicionar como o melhor marcador com 9 golos apontados ao Brera e Black Bulls (dois golos cada), Textáfrica do Chimoio, Ferroviário de Lichinga, Ferroviário de Nampula, Associação Desportiva de Vilankulo e Ferroviário de Maputo.
Aliás, Elias Macamo acabou sendo determinante para os 15 golos que tinham sido apontados pelos “canarinhos” de Nacala na primeira volta.
Joaquim Tsambe, do Costa do Sol, terminou como o melhor guarda-redes da primeira volta, após ter sofrido seis golos em 10 jogos. O guarda-redes de 40 anos de idade superou a concorrência de vários guarda-redes, com destaque para os três Mambas, nomeadamente Ernan, Ivan e Fazito.
Nas outras premiadas, Ema Novo foi coroada como o melhor árbitro da primeira volta. A distinção foi graças as suas boas prestações  nos jogos em que foi chamada a ajuizar, não tendo havido casos polémicos que tem se verificado nos jogos do Moçambola.
Já Hélder Duarte, da Black Bulls, recebeu a distinção de melhor treinador da primeira metade do Moçambola, superando a concorrência de Horácio Gonçalves, do Costa do Sol, Mark Harrison, da União Desportiva de Songo, Carlos Manuel, que iniciou no Desportivo de Nacala e passou para o Ferroviário de Maputo.
Todos os premiados nesta gala, à excepção do melhor jogador, receberam um prémio monetário de 100 mil meticais, também oferecidos pela HCB.
A festa da Gala da primeira volta do Moçambola 2024 terminou com uma homenagem feita ao Presidente da República, Filipe Nyusi, pelos esforços que tem feito para o desenvolvimento do desporto moçambicano no geral, mas o futebol em particular, principalmente o seu envolvimento no Moçambola, enquanto dirigente e adepto.
DADOS DA 1ª VOLTA DO MOÇAMBOLA 2024
CAMPEÃO DA 1ª VOLTA
JVEDGM-GSP
Black Bulls 11 8 3 0 27-14 27
Costa do Sol 11 8 2 1 20-8 26
UD Songo1173114-624
MELHORES MARCADORES
JOGADOR CLUBE GOLOS
Elias Macamo Desp Nacala 8
Hammed Black Bulls 7
Kadre Black Bulls 6
Tomás AD Vilankulo 6
Chisale Costa do Sol 4
MELHORES JOGADORES DE CADA JOGO
JOGADOR CLUBE MVP
Kadre Black Bulls 5
Domingues UD Songo 5
Elias Macamo Desp. Nacala 4
Chester Costa do Sol 3
Hammed Black Bulls 2
MELHORES ATAQUES
CLUBE GOLOS
Black Bulls 27 golos marcados
Costa do Sol 20 golos marcados
Des. Nacala 15 golos marcados
MELHORES DEFESAS
CLUBE GOLOS
UD Songo 6 golos sofridos
Costa do Sol 8 golos sofridos
Fer. Nampula 9 golos sofridos
Fer. Beira 9 golos sofridos
PIORES ATAQUES
CLUBE GOLOS
Fer. Beira 6 golos marcados
Baía de Pemba 7 golos marcados
Fer. Maputo 7 golos marcados
Fer. Lichinga 9 golos marcados
PIORES DEFESAS
CLUBE GOLOS
Desp. Nacala 23 golos sofridos
Textáfrica 21 golos sofridos
Baía de Pemba 15 golos sofridos
MELHOR GUARDA-REDES
Joaquim  Costa do Sol
MELHOR TREINADOR
Hélder Duarte Black Bulls
MELHOR ÁRBITRO
Ema Novo COPAF Prov. Maputo
GOLOS MARCADO S
150 golos

O seleccionador nacional dos Mambas, Chiquinho Conde, está entre os 50 treinadores das várias selecções do continente que participam no Simpósio de Treinadores da Confederação Africana de Futebol (CAF),  evento que decorre em Abidjan, Costa do Marfim. 

Chiquinho Conde junta-se a outros técnicos de renome no continente, com destaque para  Emerse Faé, responsável pela conquista do CAN-2023 por parte da Costa do Marfim, José Peseiro, ex-seleccionador da Nigéria, Avram Grant (Zâmbia) e Sébastien Desabre (RD Congo). 

O evento tem em vista analisar o desempenho das equipas nacionais no CAN-2023, prova que foi disputada em Janeiro, na Costa do Marfim. O simpósio vai promover ainda discussões profundas sobre o legado da competição e o impacto duradouro do futebol africano no cenário mundial. 

Servirá ainda como uma oportunidade para os treinadores partilharem experiências e explorarem novas abordagens, para melhorar o desempenho das selecções africanas.

Para Chiquinho Conde, que chegou a Abidjan na noite desta quarta-feira, esta iniciativa é vital para o futuro do futebol no continente. “A CAF está a criar um espaço único para treinadores de todo o continente se reunirem e discutirem o futuro do futebol africano”, anota o seleccionador nacional. 

Conde considera ainda que o simpósio constitui um passo importante para melhorar as selecções e elevar o nível competitivo do futebol africano, de tal sorte que “estou muito entusiasmado por participar e espero aprender muito com as experiências dos meus colegas”, disse o técnico. 

O seleccionador moçambicano destacou, igualmente, a importância do legado deixado pelo CAN 2023. “A última edição foi histórica e serviu de referência para todos nós. É fundamental que discutamos as lições apreendidas e, acima de tudo, encontremos formas de transformar esse sucesso em melhorias constantes no futebol africano”, explica Chiquinho Conde.

A Liga Moçambicana de Futebol (LMF), em parceria com a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), realiza, esta quinta-feira, no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, na Cidade de Maputo, às 18h00, a Gala “HCB Premiações Moçambola – primeira volta”.

No evento, serão atribuídos prémios individuais aos jogadores, treinadores e árbitros que mais se destacaram ao longo dos jogos e das jornadas da primeira volta do campeonato de futebol “Moçambola”.

A sessão em que se reconhecerão os principais actores da primeira volta do Moçambola 2024, segundo uma nota de imprensa, contará com a presença do Presidente da República, Filipe Nyusi.

A iniciativa “HCB Premiações Moçambola” pretende contribuir, de forma completamente transformadora e histórica, para o futebol nacional, tornando-o cada vez mais competitivo, dinâmico, animado, atractivo e financeiramente sustentável.

Morreu Rebecca Cheptegei, ugandesa que disputou os jogos olímpicos de Paris na prova dos 5000 metros. Trata-se de uma morte que fez soar os alarmes sobre o feminicídio, com a confederação do atletismo do Quénia a considerar morte prematura e trágica, para além de ser uma perda profunda, exigindo o fim da violência de género.

Rebecca Cheptegei foi atacada e incendiada em sua residência, em Endebess, Condado de Trans-Nzoia, Quénia. A polícia sustenta que Dickson Ndiema Marangach, seu antigo parceiro, a encharcou com gasolina e a incendiou. Cheptegei morreu devido à falência múltipla de órgãos, a 5 de Setembro de 2024, aos 33 anos de idade, um mês depois de ter disputado os Jogos Olímpicos de Paris.

Por outro lado, o funeral de Cheptegei promete ser um evento importante no Uganda, com a sua família a ter anunciado que lhe será dada a honra de um “enterro militar”, por ter feito parte da Força de Defesa Popular de Uganda, as forças armadas daquele país.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou que a cidade homenageará Cheptegei, dando o seu nome a uma recinto desportivo em sua homenagem.

A morte de Rebecca Cheptegei trouxe à tona casos de feminicídio que abalaram o mundo do desporto.

Em Abril de 2022, a atleta nascida no Quénia, Damaris Mútua, foi encontrada morta em Iten, um polo conhecido no mundo do atletismo que fica no Vale do Rift. Suspeita-se que o seu companheiro a tenha matado.

Em Outubro de 2021, a atleta queniana Agnes Tirop, de 25 anos, medalhista de bronze nos 10 mil metros nos Mundiais de 2017 e 2019 e quarta colocada nos 5000 metros nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, morreu depois de ter sido esfaqueada em sua casa em Iten.

A Selecção Nacional de Hóquei em Patins  vai observar um estágio de dois dias em Portugal, participação no Campeonato do Mundo, competição que vai decorrer em Novara, Itália, entre os dias 16 e 22 do mês em curso. A chegada do combinado nacional no território português está prevista para esta quinta-feira. 

Seguem para aquele país europeu o seleccionador nacional, Bruno Pimentel e mais cinco atletas, nomeadamente, Alfredo Manjate e Júlio Samuel (guarda-redes), Pedro Pimentel Jr. (defesa), Artur Mapinguisse (médio), Absalão Miquissene e Macário Issufo (avançados). 

Esses atletas juntar-se-ão ao grupo que está nas terras lusas, no caso, Gustavo Carvalho (guarda-redes), Miguel Matias, Marinho, Kevin Pimentel, Tivane Jr., Filipe Nabais, Diego Pimentel e ainda Gabriel Pimentel (todos avançados). 

Desta lista faz ainda parte o técnico Paulo Pereira, antigo internacional da Selecção Nacional, que esteve a trabalhar com o leque “luso” durante um mês. 

A equipa moçambicana vai efectuar apenas unidades de treinos virados mais para a componente táctica e para a definição do cinco que alinhará no jogo de estreia com o México, a 16 de Setembro, naquela que será a primeira jornada do Grupo “A” da Taça Challenge, a III Divisão do Mundial de Hóquei. A delegação moçambicana desembarcará no local da competição no sábado.

Depois de ter falhado o Campeonato Africano realizado no Cairo, em Setembro de 2023, por motivos financeiros, a equipa nacional foi “empurrada” para o Grupo “C”. 

Além do México, Moçambique vai defrontar o Japão, no dia 17, Uruguai, 18, Israel, 19, e por último, a Nova Zelândia,  20. Moçambique vai procurar regressar às glórias no contexto do hóquei em patins mundial, onde alcançou a sua maior prestação de sempre em 2011, em san Juan, Argentina, ao terminar a prova na quarta posição. 

Apesar de já ter garantido a ida à Itália, a Federação Moçambicana de Patinagem (FMP) ainda enfrenta alguns problemas financeiros para cobrir as despesas inerentes à participação da selecção nesta competição. A FMP continua a bater às portas, tendo em vista garantir mais apoios por parte de parceiros. 

MANINHO FALHA A PROVA

O capitão da selecção nacional, Ivan “Maninho” Escludes é a ausência de peso no conjunto moçambicano. Esta é a primeira vez que o atleta falha uma competição importante nos últimos anos. Maninho integrou tarde o grupo de trabalho durante a primeira fase de preparação para o Mundial. 

O seleccionador nacional, Bruno Pimentel, está a levar a cabo um processo de renovação, sendo que para esta prova vai apostar nos jogadores que ainda estão à procura de um lugar ao sol. Ou seja, a maioria dos atletas que integram a convocatória são jovens.

As selecções de Moçambique (Mambas) e Angola (Palancas Negras) estão bem encaminhadas na corrida rumo ao Campeonato Africano das Nações (CAN). As duas selecções são as que estão bem posicionadas nos respectivos grupos ao nível dos países da lusofonia. 

Os Mambas voltaram a marcar um passo importante na caminhada para o CAN, vencendo a sua congénere da Guiné Bissau por duas bolas a uma, em jogo da segunda jornada do Grupo I de qualificação, para a mais prestigiada prova futebolística do continente africano ao nível das selecções. 

O resultado coloca os Mambas na liderança do grupo, com quatro pontos, os mesmos que o Mali, que venceu o Eswathini por tangencial 1-0. Moçambique e Mali empataram a uma bola na abertura da fase de qualificação para o CAN, numa partida em que Geny Catamo acabou sendo o herói, ao apontar o golo da selecção nacional. 

Os Mambas voltam a entrar em acção em Outubro, defrontando o Eswathini, primeiro, em Maputo (7) e fora de portas. Em caso de vitória nos dois embates, o combinado nacional passará a somar 10 pontos, sendo que um empate entre as selecções do Mali e Guiné Bissau nos dois jogos pode colocar os Mambas a um pé do CAN. 

Para tal, o conjunto de Chiquinho Conde tem de garantir, no mínimo, um empate contra a Guiné Bissau e, por uma questão de segurança, uma vitória no encerramento da fase de qualificação, em Novembro, no Estádio Nacional do Zimpeto, contra o Mali. 

Caso vença os quatros jogos que ainda faltam, os Mambas terminarão a fase qualificativa com 16 pontos. Matemáticas à parte, a verdade é que ainda há um caminho longo para a selecção alcançar a sua sexta presença numa fase final do CAN, depois de lá ter estado em 1986, 1996, 1998, 2010 e 2024. 

ANGOLA TOTALISTA

Entre os países da lusofonia, o destaque vai também para Angola. Os “Palancas Negras” são os únicos totalistas no seu grupo. A selecção angolana lidera o Grupo F com seis pontos. Os angolanos voltaram a ser vitoriosos, derrotando o Sudão por duas bolas a uma. 

Os angolanos abriram o marcador aos 51 minutos, com um golo de Mabululu, de grande penalidade. Abdurgardir restabeleceu a igualdade, aos 55, e, aos 81, Randy Nteka marcou o golo da vitória, no Estádio 11 de Novembro, em Luanda.

Na abertura da fase de qualificação os “Palancas” venceram à tangente a gigante selecção do Gana por uma bola sem resposta, com o único tento a ser apontado por Felício Milson já nos descontos. 

Depois de fazer um brilharete no CAN-2024, em Janeiro, na Costa do Marfim, o Cabo Verde alcançou a sua primeira vitória na segunda jornada do Grupo C. Os cabo-verdianos derrotaram a Mauritânia por 2-0.

A primeira vitória dos “tubarões azuis” nesta fase de apuramento foi construída com um “bis” do capitão Ryan Mendes, que marcou aos 28 minutos, de grande penalidade, e aos 75′, aproveitando da melhor forma o passe Hélio Varela.

Na capital cabo-verdiana, o jogo chegou a estar interrompido, no segundo tempo, devido a uma falha na energia elétrica, mas a equipa orientada por Pedro Leitão Brito (Budista) conseguiu mesmo somar os primeiros três pontos nesta fase de qualificação.

Depois da derrota frente ao Egito (3-0), a abrir o Grupo C, Cabo Verde encontrou o caminho das vitórias, ainda que tenha consentido várias oportunidades de golo aos visitantes, que puseram à prova, por várias ocasiões, o guarda-redes Bruno Varela.

Na liderança do Grupo C está o Egito, depois de, também na segunda jornada, ter vencido, na visita ao Botsuana, por um largo resultado de 4-0. O “bis” de Trezeguet e os golos de Salah e Mostafa Fathy fixaram o resultado.

Os “faraós” lideram o grupo com seis pontos, enquanto os “tubarões azuis” estão no segundo lugar, com três pontos, os mesmos da Mauritânia. O Botsuana ainda não pontuou. A Guiné Bissau é o único país da lusofonia que não ocupa os primeiros lugares da tabela classificativa no seu respectivo grupo. 

Os Mambas venceram a Guiné-Bissau por duas bolas a uma e são líderes do Grupo I de qualificação para o CAN 2025. Elias Macaso foi o autor do golo da vitória. A selecção nacional volta a jogar em Outubro contra Eswatini.

Os Mambas perseguem a sexta presença no CAN. A marcha iniciou-se no Mali. Guiné-Bissau é mais um obstáculo para chegar a Marrocos, local que vai acolher a fase final da maior prova futebolística africana ao nível das selecções. Longe de serem impressionantes, os Mambas fizeram o que se impunha: vencer.

Os guineenses entraram melhor, ditando as regras do jogo nos primeiros cinco minutos. Os “Djurtos” criaram algumas situações de golo sem, no entanto, conseguir concretizar. Os momentos especiais são também para pessoas especiais. Com o seu pé direito, Guima escreveu mais um pedaço de história de uma selecção que persegue sonhos maiores. Só as redes pararam o seu remate. É o segundo golo vestindo as cores nacionais. O primeiro foi na sua estreia diante do Benim, partida que confirmou a qualificação dos Mambas para o CAN 2024, na Costa do Marfim.

O marcador já estava a funcionar. A Guiné-Bissau soube levantar-se. Jogou, atacou e surpreendeu. Balde de água fria! Baldé esteve no lugar certo. Numa total atrapalhoice da defensiva moçambicana, o capitão da Guiné-Bissau surgiu a concluir com êxito. Mambas em crise de imaginação. Quase tudo saía mal.

Em duas ocasiões, Geny Catamo perdeu o duelo contra o guarda-redes da Guiné, primeiro numa jogada individual em que foi à linha do fundo onde tirou um remate para uma defesa apertada. Segundo, em situação de bola parada, em que, mais uma vez, viu o guardião a ser mais lesto. Mais uma desatenção na defensiva moçambicana. O único atento foi Reinildo, que evitou um golo certo dos “Djurtos”.

Mais uma vez, a Guiné-Bissau entrou melhor na segunda parte. Boa abordagem do jogo, com uma ligação segura nos dois sectores. Ou seja, defesa/meio-campo e meio-campo/ataque. Outra crise de imaginação. Geny! Sempre Geny! Mais um remate do seu pé esquerdo. Catamo era um dos jogadores mais inconformados com o resultado. Partida equilibrada. Chiquinho Conde mexeu na equipa, tirando Dominguez, Ratifo e Witi, lançando para os seus lugares Pepo, Gildo e Elias Macamo.

E sabia o que estava a fazer. Autêntica bala de prata, Elias Macamo, o melhor marcador do Moçambola. Foi, sim, de Elias que veio o golo da vitória. É o primeiro na era Chiquinho Conde. E foi com ele que festejou. É com Elias que a história do jogo termina. Os Mambas partilham a liderança do Grupo I com o Mali, ambos com quatro pontos. Que venha o Eswatini em Outubro.

A selecção nacional de futebol venceu, esta terça-feira, a sua similar da Guiné-Bissau, por duas bolas a uma, em partida da segunda jornada de qualificação ao CAN de Marrocos, em Dezembro de 2025 e Janeiro de 2026. Guima e Elias Macamo foram os autores dos golos dos Mambas que ditam a liderança partilhada com o Mali, com quatro pontos cada

Uma vitória sofrid,a esta terça-feira, diante da Guiné-Bissau, mas importantíssima na caminhada rumo à fase final do Campeonato Africano das Nações de Marrocos. Foi de “brandar os céus” quando o árbitro apitou, pela última vez, com o Estádio Nacional do Zimpeto quase a desabar, de tanta felicidade, que acabou soando a vingança à eliminação da qualificação ao CAN-2019.

Uma bomba de Guima, a abrir, e um golo de outro nível de Elias Macamo, quase a fechar, ditaram os dois golos dos Mambas, ainda que Mama tenha marcado pelos Djurtus, ainda na primeira parte.
Domingues e Witi no onze inicial dos Mambas diante dos Djurtus.

A selecção nacional de futebol, os Mambas, entrou em campo para o embate da segunda jornada do Grupo I de qualificação ao CAN de Marrocos em Dezembro de 2025, com muitas novidades.

Chiquinho Conde resgatou Domingues e Witi para o onze inicial, dois jogadores que estiveram ausentes do jogo da passada sexta-feira, frente a Mali, em Bamako. Recorde-se que Witi não viajou para a capital maliana devido a problemas administrativos, enquanto Domingues foi por lesão que não jogou.

Assim, os Mambas entraram com Ernan na baliza, um quarteto defensivo composto por Bruno Langa à esquerda, Renildo e Mexer Sitoe no centro, Domingos Macandza à direita, enquanto Nené esteve como primeiro pivot da zona central, auxiliado por Ricardo Guima.

Witi, Domingues e Geny Catamo foram os homens com as sextas viradas para a baliza guineense, sendo Ratifo o mais adiantado.

Ou seja, da equipa que defrontou o Mali, Chiquinho Conde tirou Gildo e Pepo Santos e fez entrar Witi e Domingues.

As expectativas dos adeptos, que estiveram em grande número no Estádio Nacional do Zimpeto (ENZ), apesar das baixas temperaturas e da chuva miúda que caía na cidade de Maputo, eram boas e já se vaticinava um resultado positivo, atendendo que uma vitória dos Mambas colocava a equipa de todos nós na liderança do grupo.

 

Golo madrugador de Guima para aquecer o ENZ

Os Mambas entraram a vencer no jogo diante da Guiné-Bissau, quando aos quatro minutos Ricardo Guima fuzilou, de fora da área, para um golaço de levantar o estádio.
Com uma entrada pressionante, onde os alas fizeram a manobra ofensiva, Moçambique detinha de maior posse de bola e a chegar mais vezes à baliza de Balde, guarda-redes guineense.
Fruto dessa pressão inicial, e a aproveitar uma jogada de insistência, Guima apareceu de fora da área e fuzilou um míssil que só parou no fundo das malhas contrárias.
Explosão de alegria nas bancadas.

Depois do golo do combinado nacional, a Guiné-Bissau acordou do sono inicial e começou a equilibrar os acontecimentos nas quatro linhas. Enquanto isso, os Mambas baixaram as linhas e deixaram-se encostar pelo seu adversário, que começava a ter mais espaços na sua zona ofensiva.

Os Djurtus aproveitaram e começaram a ameaçar até chegarem ao empate. Jogava-se o minuto 23, quando, numa jogada inofensiva, há um cruzamento da esquerda, onde apareceu Mama a encostar, perante a passividade de Ernan, que divide responsabilidade com Reinildo, ao deixarem o atacante guineense introduzir a bola nas malhas moçambicanas.

Mas Reinildo redimiu-se logo a seguir. É que Mama voltou a ter uma grande oportunidade de marcar, após passar por Ernan, com o defesa do Atlético a cortar em cima da linha do golo. Um momento que deixou os adeptos em alvoroço.

O intervalo chegou com o empate a prevalecer e uma expectativa do que faria o seleccionador nacional na segunda parte.

Chiquinho Conde faz tripla substituição

A segunda parte começou praticamente como começou o jogo, com os Mambas a pressionarem o seu adversário junto à sua defesa. Mas o seleccionador nacional percebeu logo que algumas unidades entravam em baixa de rendimento, e decidiu fazer alterações.

Jogados os primeiros dez minutos da segunda parte, Chiquinho Conde faz três substituições de uma única vez. Saíram Witi, Domingues e Ratifo, entrando para os seus lugares Gildo, Pepo e Elias Macamo, o melhor marcador do Moçambola 2024, que foi bastante ovacionado pelos adeptos.

Minuto depois de terem entrado, Gildo e Elias proporcionaram uma jogada que levantou o estádio, com o jogador da Académica de Coimbra a cruzar para o cabeceamento do jogador do Desportivo de Nacala, mas ao lado.

Foi uma entrada em grande dos Mambas na segunda parte.

Elias Macamo marca e sentencia a vitória dos Mambas

Os Mambas continuavam a pressionar o seu adversário, à procura de desfazer o empate, e não teve meias medidas para tal. Foi dos pés do recém-entrado Elias Macamo que veio o golo, depois de um toque a desviar a bola do guarda-redes, antes de introduzir na baliza, para festa dos moçambicanos. Jogava-se o minuto 73.

Ernan, aos 78, ainda salvou um golo, depois de remate de fora da área, que quase gelava o estádio.

Apesar da pressão que depois foi exercida pela Guiné-Bissau para tentar chegar ao empate, os Mambas foram mais firmes a defender, até porque já contavam com David Malembane, que entrara para o lugar de Guima.

Uma pequena confusão perto do fim do jogo, com a equipa técnica a reclamar da ausência dos apanha-bolas e das bolas aparentemente desaparecidas, o que culminou com um cartão amarelo para Luís Boa Borte, a vitória dos Mambas não mais fugiu e a liderança do grupo acaba por ser uma felicidade para os moçambicanos que souberam sofrer para somar os quatro pontos, ao cabo de duas jornadas.

Mali, que também venceu Eswatini, a uma bola, está colado aos Mambas, também com quatro pontos.

Próximo adversário dos Mambas é, precisamente, Eswatini, em Outubro, em Maputo e, provavelmente, em Mbombela.

+ LIDAS

Siga nos